Novo formato ‘shorts’ e uso de thumbnail estratégico ajudam a destacar empresas na segunda rede social mais acessada no Brasil
Aqueles que já ativaram as notificações e fizeram sua inscrição em um canal do Youtube fazem parte dos 61% de brasileiros que colocam a plataforma como a segunda rede social mais acessada no país em 2023. Os dados da Opinion Box, coletados em junho deste ano, mostram a influência do YouTube no comportamento dos brasileiros, já que 52% dos mais de 2 mil entrevistados compraram produtos ou contrataram serviços a partir do YT.
O relatório também revela que mais da metade dos brasileiros (54%) assiste mais aos vídeos da plataforma do que a tradicional TV. Neste cenário, as empresas começam a buscar espaço nos algoritmos do YouTube para atingir esses usuários e os profissionais de SEO se tornam a chave para aumentar a relevância das marcas dentro das buscas feitas na plataforma.
De acordo com o especialista em YouTube e fundador da Pulzer, Lucas Amarildo, um dos grandes desafios do SEO na plataforma de vídeos é a concorrência cada vez maior e, por isso, é necessário ir além dos metadados. ”No universo do YouTube, uma peça fundamental é a thumbnail. Por muito tempo subestimada, a miniatura dos vídeos vem ganhando cada vez mais relevância no processo de produção dos canais. Uma thumbnail produzida com estratégia pode ser o detalhe que fará alguém escolher o seu conteúdo ao invés da concorrência”, afirma.
Semelhanças em segmentação
Lucas entende que otimizar vídeos no YouTube tem mais semelhanças do que diferenças em relação ao tradicional conceito aplicado em sites e conteúdos. “A lógica de um título permanece a mesma que em artigos de um blog, por exemplo. A descrição é como se fosse o nosso conteúdo, precisa de estrutura, densidade, palavras-chave distribuídas ao longo dos parágrafos, links internos para outros vídeos e links que direcionam o público para outros canais estratégicos de comunicação”, diz o especialista.
Para o fundador da Pulzer, o YouTube oferece alguns elementos que ajudam a segmentar ainda mais os conteúdos. “Tem o adicional das tags que ajudam a rotular o conteúdo; as legendas como ponto de contato com o algoritmo; e a thumbnail que, embora não seja um elemento focado em SEO, representa muito nos resultados”, diz.
Ferramentas externas e ‘shorts’
Segundo Julia Neves, global head de SEO na Oitchau, existem ferramentas que auxiliam os profissionais de SEO a construir estratégias para o Youtube. “Uso ferramentas para pesquisas de palavras-chave e monitoramento de posição no YouTube, como Semrush, e também o analytics da própria plataforma. Usando essas duas ferramentas é possível acompanhar basicamente o SEO, mas o YouTube tem muito menos dados relevantes”, sugere.
De acordo com a head de SEO da Oitchau, o YouTube é diferente do Google em relação aos dados que ajudam a construir a estratégia de SEO. “No Youtube não tem como usar o Google Search Console e o Google Analytics, como fazemos normalmente. Por isso, acabamos reféns de ferramentas externas para monitorar o SEO”, conta em entrevista ao Portal SEO.
Para Julia, além de editar títulos, adicionar capítulos e alterar a thumbnail, a dica é turbinar a estratégia com shorts. “Reserve um tempo para otimizações e edições em vídeos já publicados e alterne a estratégia com os ‘shorts’ (novo formato do YouTube), para aumentar e dar tração ao canal. Os ‘shorts’ estão com a entrega muito elevada e conseguem alcançar mais pessoas”, completa.
Fontes:
https://www.oitchau.com.br/
https://pulzer.com.br/
https://opinionbox.com